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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

WILBURN SCOVILLE – UM FANÁTICO POR PIMENTAS

Outra curiosidade acerca da pimenta é que existe um teste usado para medir o grau de "ardor" da pimenta, chamada de Escala de Scoville, criada pelo químico Wilburn Scoville que desenvolveu um método para medir o "grau de calor" da pimenta. No teste original, Scoville misturou a pimenta pura com uma solução de água com Açúcar. Então, um grupo de provadores bebeu da solução. Quanto mais solução de água e açúcar é necessária para diluir uma pimenta, mais alto seu "grau de calor".
Depois o método foi aprimorado e foram criadas as unidades de Scoville. Assim, 1 xícara de pimenta que equivale a 1000 xícaras de água, corresponde a 1 unidade na escala de Scoville. Capsaicina pura (extrato de pimenta) equivale a 15.000.000 (15 milhões) de unidades Scoville. O poder da pimenta é medido graças a esta escala. Por exemplo, a pimenta mexicana Habanero chega a 300.000 unidades nesta escala. Já a pimenta "Red Savina Habanero", uma espécie modificada, chega a 577.000 unidades e a "Tezpur Indiana" chega a 877.000 unidades.
PIMENTAS MAIS ARDIDAS EM ORDEM DECRESCENTE
1.BHUT JOLOKIA.........................................1.450.000 u Scoville
2.NAGA MORICH..........................................   970.000 u Scoville
3.SEVEN POD - 7POD....................................   950.000 u Scoville
4.HABANERO CHOCOLATE...............................  580.000 u Scoville
5.HABANERO BLACK......................................  570.000 u Scoville
6.HABANERO RED........................................   550.000 u Scoville
7.HABANERO ORANGE....................................  500.000 u Scoville
8.SCOTCH BONETT.......................................  250.000 u Scoville
9.FATALLI..................................................  250.000 u Scoville
10.JAMAICAN HOT........................................  200.000 u Scoville
11.MALAGUETA............................................  100.000 u Scoville
12.MURUPI.................................................  100.000 u Scoville
13.AJI AMARELA...........................................    50.000 u Scoville
14.ROCOTO.................................................  70.000 u Scoville
15.TABASCO................................................   50.000 u Scoville
16.CHORA MENINO........................................   50.000 u Scoville
17.FIDALGA..................................................  50.000 u Scoville
18.COMARI DO PARÁ.......................................  50.000 u Scoville
19.COMARI..................................................  50.000 u Scoville
20.PETER ou PENIS PEPPER...............................  40.000 u Scoville
21.PITANGA AMARELA......................................  30.000 u Scoville
22.LEMON DROP HOT......................................  28.000 u Scoville
23.SERRANO................................................. 23.000 u Scoville
24.CARROT BULGARIAN ...................................  15.000 u Scoville
25.DEDO DE MOÇA ......................................... 15.000 u Scoville
26.MUSHROOM............................................... 15.000 u Scoville
27.CHERRI BOMB............................................ 10.000 u Scoville
28.MIRASSOL................................................. 10.000 u Scoville
29.NUMEX BIG JIM ..........................................   6.000 u Scoville
30.JALAPEÑO................................................   5.000 u Scoville
31.MULATA..................................................    3.000 u Scoville
32.PEPERONCINO (CHEIRO DOCE)........................... 0000 u Scoville
33.BIQUINHO................................................... 0000 u Scoville
Em função das centenas, ou milhares, de variedades de pimentas existentes, puras ou cruzadas (variedades plantadas muito próximas uma das outras podem polinizar-se entre si, obtendo-se variedades híbridas, que podem, ou não, reproduzir-se), não há unanimidade quanto as mais ou menos ardidas.
A tabela apresentada acima é fruto de nossas pesquisas em diversos sites, podendo haver discrepâncias, mesmo porque não conhecemos todas as variedades citadas e, muito menos, as existentes no mundo inteiro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AS PIMENTAS E A SAÚDE


Foi comprovado em vários estudos que as pimentas possuem propriedades que são benéficas para a saúde, pois tem uma substância chamada capsaicina que é rica em vitamina A (combate radicais livres, formação dos ossos e pele, funções da retina), B1 (atua no metabolismo energético dos açúcares), vitamina B2 (atua no metabolismo de enzimas, proteção no sistema nervoso), vitamina C (atua no fortalecimento de sistema imunológico, combate radicais livres e aumenta a absorção do ferro pelo intestino), vitamina E (antioxidante) e vitamina PP (também conhecida como niacina, é responsável pela manutenção da pele, proteção do fígado, regulação da taxa de colesterol no sangue).

Além de possuir propriedades analgésicas e energéticas, favorece a redução de coágulos no sangue (devido à função vasodilatadora), estimula a produção de endorfina no cérebro (sensação de bem estar), é antioxidante, antiinflamatório e anticancerígeno. Outras funções desse alimento é que são bactericidas, podendo proteger o sistema digestivo, combater tensões musculares e ajudar no tratamento de reumatismos articulares.

Alguns estudos recentes garantem que pode ser utilizada no tratamento da obesidade porque reduz a vontade de comer devido à indução da termogênese (efeito de transformar parte das calorias dos alimentos em calor).

Os portadores de gastrite devem se precaver com o consumo de pimentas e todos devem se ater para o fato de que, em excesso, até comida e remédio fazem mal.

domingo, 17 de outubro de 2010

Pimenta emagrece e reduz o colesterol

Fruto reúne uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope e vitaminas.
 
Luciana Kraemer  
Turuçu e Porto Alegre (RS)
 
Turuçu é a capital brasileira da pimenta vermelha. Na cidade do sul gaúcho, ela é plantada há mais de cem anos. E o orgulho com o produto da terra está em toda parte: na rua principal e nas lavouras cultivadas por descendentes de imigrantes alemães. Do trabalho de pequenos agricultores brota um poderoso remédio natural. 
“Dizem que é bom para a saúde. Graças a Deus, até hoje nunca tive problema nenhum”, assegura o agricultor Leomar Nörnberg.
Na casa dele, é acompanhamento para todos os pratos. Para usar como tempero, a agricultora Leni Nörnberg dá a receita: “Coloco vinagre, depois dou uma sacudidinha e deixo curtindo durante um dia ou dois. É bem fácil. Dá para botar em qualquer comida”.
De acordo com especialistas em saúde, o hábito da família de seu Leomar deveria ser repetido em todas as mesas. Os benefícios da pimenta são conhecidos há muito tempo. Nas Américas, o fruto já era usado até para aliviar dor de dente e de estômago. Isso há pelo menos dois mil anos.
Quem coloca a pimenta no dia-a-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope, vitaminas – benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência.
Uma pesquisa recém-concluída na Faculdade de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) comprovou que a pimenta diminui mesmo o risco de doenças cardiovasculares, maior causa de mortes no Brasil.
Por duas semanas, um grupo de ratinhos recebeu, todos os dias, uma pequena dose de extrato de pimenta-dedo-de-moça, a mais consumida no país. No fim do período, sangue foi coletado e comparado com o de ratinhos que não receberam a pimenta. O resultado impressionou os pesquisadores.
“Nós tivemos uma redução bastante significativa, em torno de 45%, do colesterol total desses animais. Uma redução do colesterol total, tanto em humanos quanto em cobaias, mostra que há um risco menor do desenvolvimento de doença arterial coronariana ou aterosclerose”, diz a nutricionista da PUC-RS Márcia Keller Alves.
Em outras palavras: menor risco de enfartes. O que reduziu quase pela metade a gordura do sangue nos ratinhos foi a capsaicina, o princípio ativo da pimenta, que dá a ela o gosto ardido.
“É esse princípio ativo que faz com que a pimenta seja benéfica à saúde. Então, quanto mais picante mais capsiacina. E quanto mais capsiacina mais benefícios com o consumo da pimenta”, esclarece Márcia Keller Alves.
A capsaicina atua em várias áreas do corpo: alivia dores de cabeça, controla os níveis de glicose no sangue, aumenta a capacidade pulmonar e ajuda no tratamento da rinite alérgica. É até um aliado para quem quer entrar em forma.
“É uma substância estimulante do metabolismo. A pessoa passa a gastar mais calor através do que come. Então, isso ajuda na obesidade. Ela só vai se beneficiar com um ingrediente natural”, afirma o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky.
Ainda falta determinar quanto é necessário consumir para que a pimenta traga todos esses benefícios. O que se sabe é que o brasileiro come muito pouco. Na Tailândia, por exemplo, ela é a estrela das receitas simples e sofisticadas. Lá, o consumo chega a dez gramas por dia. No Brasil, não passa de meio grama por pessoa.
Para que a pimenta saia do papel de coadjuvante e se torne o ingrediente principal, é preciso pegar o fruto e inventar. Criar receitas que agradem não só a quem procura a ardência, mas também – por que não? – a doçura da pimenta. Produtos que saem de agroindústrias familiares, com a da produtora rural Verônica Tuchtenhagen e do aposentado Otávio Tuchtenhagen. Antigamente, a família vendia a pimenta seca e moída. Quanto trabalho, lembra o pai, que tem 82 anos.
“Eu lembro que plantei pimenta com 12 anos de idade. Às 5h, tinha que ir lá e cortar”, conta seu Otávio.
“Hoje transformamos a pimenta ‘in natura’ em vários pratos: em conservas, molhos, azeites, geléias, bombons, trufas, chocolate. Um mundo com pimenta”, descreve dona Verônica.
A receita que mais vende é a da geléia, criada com o auxílio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para conquistar o paladar até de quem não gosta do sabor ardido da pimenta. É feita com o fruto “in natura”, bem do jeito que os médicos recomendam.
A pimenta vai ao fogo misturada com açúcar, água, ácido cítrico e pectina, uma mistura que, no início, nem dona Verônica acreditava que daria certo.
“Não vou mentir, tínhamos uma pequena dúvida. Me surpreendeu muito porque enquanto eu vendo cem vidros de geléia com pimenta transformada, vendo dez de morango sem pimenta. A pimenta fez um sucesso”, comemora dona Verônica.
Para ver se os novos produtos de pimenta têm chance de cair mesmo no gosto popular, a equipe do Globo Repórter levou o doce de leite com pimenta e a pimenta em calda para fazer um teste com os consumidores.
“É meio forte, mas é gostoso. Senti a pimenta”, conta a estudante Sylvia Waldman.
“Eu não senti muito. É natural, um docinho gostoso. Mas bem no finzinho sentimos um pouquinho”, diz a dona de casa Áurea do Prado.
“Ela acentua o paladar, mas é saborosa”, avalia o aposentado José Castro.
“Me surpreendi, porque pimenta geralmente é forte. E essa bem gostosa”, elogia a professora Priscila da Silva.
 
Fonte: G1

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

TUDO SOBRE A PIMENTA MALAGUETA

A pimenta, Capsicum sp, faz parte da Família das Solanaceae e da Tribo das Solaneae. O gênero Capsicum compreende por volta 27 espécies conhecidas, tendo o termo de origem grega, “Kapto” que significa “morder”. Existem cinco espécies domesticadas que banco de germoplasma de hortaliças da Universidade Federal de Viçosa, identificou as cinco espécies mais comuns no Brasil, que são as seguintes: Capsicum annuum, Capsicum baccatum, Capsicum chinense, Capsicum frutescens e Capsicum pubescens.

A produção de pimenta (Capsicum spp) para uso como condimento de mesa e de produtos alimentícios industrializados vem crescendo e, atualmente, é uma atividade olerícola bastante rentável, inclusive para pequenas indústrias de conservas (Quadro 1). Cinco espécies são comumente cultivadas no Brasil, principalmente no centro-sul e caracterizam-se pela pungência, coloração, formato e tamanho dos frutos.

O sabor picante dos frutos provém da ação de uma substância denominada capsaicina que é acumulada pelas plantas no tecido da superfície da placenta e é liberada pelo dano físico às células quando se extraem sementes ou corta-se o fruto para qualquer fim.

A importância das pimentas é atribuída às suas propriedades melhoradoras de sabor, aroma e cor dos alimentos. Embora tenha baixo valor nutritivo, pode-se destacar o teor vitamínico da pimenta malagueta vermelha que apresentam valor de 10.500 e 11.000 UI de vitamina A, próximo ao teor de 13.000 UI encontrado na cenoura, considerada uma das melhores fontes desta vitamina. Os teores de vitamina C total variam entre as espécies de pimenta, de 160 a 245mg/100g, valores estes comparáveis ao da goiaba (200 mg/100g) e superiores ao da laranja (60mg/100g). Quanto à composição mineral, os teores de cálcio, ferro e fósforo são bem inferiores aos de outras hortaliças (Quadro 2).

Algumas pimentas raramente são encontradas no comércio, mesmo de cidades interioranas, na forma de frutos “innatura” pois o processo de engarrafar a pimenta no meio rural está se tornando cada vez mais intenso. Em algumas regiões com tradição no cultivo destas espécies, existem pequenas indústrias que fazem o processamento utilizando, principalmente, o álcool e a cachaça.